sexta-feira, 2 de abril de 2010

Sonhos

Fumo envolve-me,
Aconchega-me o peito em réstias de sonhos,
Absorve-me o sangue,
E beija-me a mente,
Deixa-me errar eternamente,
Anseio o pousar em tua face,
Sorri-me com o teu olhar penetrante,
Agarra-me neste deambular errante....
Mata-me..
Sofre-me..
Esmaga-me os sentidos,
Absorve-me em ti,
Ama-me
Deixa-me aqui perdida,
Com a pele a apodrecer,
Os olhos flamejados,
As veias cicatrizadas,
A morte beijando-me...
Bebo o teu sémen,
Enlouqueço-me em ti,
Bebe-me os sentidos,
E prostra-me no teu sonho!!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Tempo Perdido

Não sei porque erro neste limbo
Arrastando-me por viagens inóspitas
Cheias de sombras e gritos murmurados
Em silêncios de explosões de Humanidade
Olho através de vultos cerrados
Suspiro por aqueles que outrora,
Suspiraram pelas mesas,
Por folhas virgens ante mim...
O fumo do cigarro alivia-me
Dança melancólicamente envolvendo-me
Adomermecendo-me
Libertando-me para um mundo de caos...
O meu mundo!!!
Em mim nada existe, tudo erra...
Tudo se absorve na minha dor,
E tudo afasto com uma apatia violenta,
O cinzeiro de vidro persiste em me chamar,
Vejo-me cinza,
Num destino que me espera ao longe,
Numa eterna espera de eternidade,
Num vazio,
Numa escuridão,
Numa deambulação,
Entrgo-me ao destino....
Espera...
Os ponteiros do relógio
Esvaziam-me persistemente,
Mais um bater de vida para fora de mim,
Mais um momento perdido,
Um eterno esbanjar,
A certeza de me perder,
Na velocidade da vida.....